timbres gritantes elétricos anciosos
fazem dançar os vagalumes ociosos
que distraem em minutos preciosos
enquanto a chuva molha a madrugada
cheiro suave deixa mente enxarcada
paredes sábias não respondem nada
ouvem atentas palavras correntes
do ínfimo dos seres descrentes
que criam sem prazer só pra satisfazer
que são sem função sem opção
e reclamam se amam sem querer
cospem no reflexo perplexo
sua própria imagem desintegra
ao passo que à ruína se entrega
e desfaz-se dos fragmentos que carrega
passa o tempo a observar o relógio
tempo se passa sem enxergar o lógico
tempo que se passa a venerar o exótico
tempo que se passa a adular o falso
até que se obtenha um legítimo calço
que sustente em pé toda a falta de fé
desnorteado, embriagado, afugentado
coitado, complicado e enxarcado
no ápice da vertigem cai sob a chuva
esquecendo que isso também é pecado
os livros que comprei nos sebos vêm todos riscados. D:
ResponderExcluiriiih mas eu tô com raiva do Du. Ele não devia ter vendido o livro nem emprestado.
hdauedhieduded
E viva o carnaval.
ResponderExcluiresse é o tipo de poema que não tem como comentar, é só ler e tentar interpretar à sua maneira... mas de qualquer forma, um ótimo poema
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