23 de dezembro de 2007

Ao trasmutável

Eram pilhas de versos sinceros
Verdades elaboradas, valores definitivos
Veio a chuva, trouxe o sono
E o que era concreto nos olhos serrados
Encorajante na mente embriagada
Transmutou-se em algo insólido
E trasportou-se para estratosfera

15 de dezembro de 2007

Passos leves

Por três dias fiz-me testemunha de Sidarta e Govinda
Ao passo que redescobri os fragmentos do Album Branco
Em constantes dúvidas dissonantes
Alternando o sóbrio e o ébrio estado dos sentidos
Alimentando-me, contaminando-me
Buscando o que é intrínseco e desperta incredulidade dos céticos
Sempre mais perto, sempre mais profundo
Esbarrando-me constantemente nos vícios do corpo e da alma
Envolto pela imensa e traiçoeira liberdade de significá-los como bem entender
E assim que se mergulha em divino caos diabólico
O livre arbítrio flerta sádico com sua existência durante os passos leves da madrugada