26 de julho de 2008

Segundo sem luar

Algo metafísico me conduz
É extrasensorial o que me incita
Comigo é que implica
E com gestos leves me seduz
Há um deserto a se cruzar
E há tempestade, areia em meu olhar


Vendo o que vejo, quero mais
E mais: te quero - mas não te vejo
De longe, me cria desejo
Vendo minha alma pelo ensejo

Só existe em pensamento
Vinte mil vezes
O pensamento existe só

O momento que nunca chega
CHEGA!
Coincidencias infindadas
Ou mentiras bem contadas
Que é que nos acontece, querida?
Um sentimento que me entorpece
Enquanto se passa na sua cabeça
Algo que se desconhece
Soprarei tudo pra longe e tornarei sã minha visão
Rumarei às pirâmides, esbarrando em você ou não
Mesmo que nossos beijos novos
Que no segundo solstício fugiram do luar
E em nenhum segundo tiveram lugar

Tenham me gelado todos os ossos
E quebrado sete juntas