26 de julho de 2008

Segundo sem luar

Algo metafísico me conduz
É extrasensorial o que me incita
Comigo é que implica
E com gestos leves me seduz
Há um deserto a se cruzar
E há tempestade, areia em meu olhar


Vendo o que vejo, quero mais
E mais: te quero - mas não te vejo
De longe, me cria desejo
Vendo minha alma pelo ensejo

Só existe em pensamento
Vinte mil vezes
O pensamento existe só

O momento que nunca chega
CHEGA!
Coincidencias infindadas
Ou mentiras bem contadas
Que é que nos acontece, querida?
Um sentimento que me entorpece
Enquanto se passa na sua cabeça
Algo que se desconhece
Soprarei tudo pra longe e tornarei sã minha visão
Rumarei às pirâmides, esbarrando em você ou não
Mesmo que nossos beijos novos
Que no segundo solstício fugiram do luar
E em nenhum segundo tiveram lugar

Tenham me gelado todos os ossos
E quebrado sete juntas

4 comentários:

  1. Anônimo4:05 PM

    Sua boca de veludo
    Vermelha eu encontrei
    E então o seu perfume
    Nunca mais me deixou
    E desde aquele dia
    Eu ando sem parar
    Mascando meu chiclets
    Pra ela eu encontrar

    Yeah, yeah, yeah, yeah
    Que beijo muito louco
    Uh! Eu desbundei!

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  2. Anônimo4:51 PM

    "Que no segundo solstício fugiram do luar
    E em nenhum segundo tiveram lugar"
    Esse, seguramente, foi um dos mais belos versos que já li.
    Quando duas pessoas que se mantêm juntas não querem lugar algum dentro dessa imensidão de hipocrisias e banalidades, furtando-se às novas condições humanas, recusando toda e qualquer superficialidade é uma coisa bela. É o que eu falava pro Marco no seu blog. Significa, também, recusar ser controlado, não numa acepção social, mas numa acepção política. É recusar inexoravelmente ser controlado pelo Estado. Voltar a ser humano, não mais um mero código, uma sequência numeral. Já parou para contar quantas senhas você tem? Isso é controle em nome da segurança, mas limita violentamente sua liberdade; quanto maior é a segurança menor é o grau de liberdade, sim. Não encontrar lugar nenhum também é estar livre de objetivos, esse peso que faz você enxergar como um cavalo domado. Você nem sabe quem você é! Até em que ponto nos é possível saber quem somos? Nessa sociedade de massas; até em que instância somos individuais (somos nós)? até em que instância nos deixamos influenciar?

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  3. Anônimo12:55 PM

    ahhaha ol� sujeito da camisa listrada!
    "soprarei td p/ longe e tornarei s� minha vis�o/
    rumarei �s pir�mides, esbarrando em vc ou n�o" hdsuahddhuas... rumar �s pir�mides n�o eh exatamente l�cido! �timo.. hdhua vc escreve bem livremente, to gostando do brogs =).

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  4. ual...
    tu até parece gritar!

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