27 de julho de 2007

Que?

O vento frio entra, eu acho que pela fresta da porta, pra me gelar os dedos e os pés. O cachecól me esquenta as bochechas. Por um monte de fios me chega aos ouvidos George Harrison, sítara e backwards.

...e sem idéia de como ocupar o tempo o garoto escreve sua pseudo poesia...

ou

...e sem saber como se expressar o garoto esbarra em versos toscos...

ou

...e sem saber o que tem pra expressar o garoto expressa qualquer coisa que sente...


Sobre a cabeça a madruga (dentro dela não sei), sobre meus pés o assoalho aqui de casa, aponta contra o monitor meu nariz. Na internet posso optar por ver tanto senso comum como senso comum do anti senso comum. Putz, em qual eu tinha que me encaixar?

..sem a mínima do noção de porque ainda não foi pra cama, o pseudo poeta coloca uma questão aleatória...


ou

...o poeta amador pensa em algo relevante ao seu meio, e tenta expor a questão aos que se proporem a lê-lo...

ou

...pega no ar o que lembra, adapta, em seguida joga aos leitores a questão sobre a qual meditou mais cedo...


ou não

Fazer poesia pra preencher o tempo? ou fazer Poesia pra encher o VAZIO VAZIU VAZIL? Pelo menos fazer? Ou menos? Ou não.

4 comentários:

  1. Fazer poesia para esvaziar o coração - Fazer poesia para registrar o sentimento - Fazer poesia para respirar descompromisso

    -- Fazer poesia para alimentar o cantinho íntimo e as vezes ínfimo que é o único reduto de nossa soberania mental, muitas vezes deixada de lado e sem a devida importância, mas que preenche todo o resto com o novo. Transmite uma estranheza e até gostosa sensação.

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  2. sorri lendo isso, me lembrou aqueles livros... "se voce quer entrar no quarto, vire pra pagina 30"
    mas prefiro o seu, não morri no final :)

    te adoro carlão!

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  3. Sobre a cabeça a madruga (dentro dela não sei), sobre meus pés o assoalho aqui de casa, aponta contra o monitor meu nariz.

    caetano, hein.
    nada se cria, tudo se copia?

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